Antes de ser mãe…
Hoje eu sei que não existe nada mais punk que ser mãe! O amor nasce ainda antes do filho nascer, ele nos transforma de menina em mãe, verdadeira leoa que defende sua(s) cria(s) de qualquer um que se meter a besta com ele(s). Olhamos com cara feia… para os “pitaqueiros” de plantão, defendendo nossas escolhas com unhas e dentes, pois acreditamos que elas são as melhores escolhas para nosso(s) filho(s). Um pouco de paciência? Que nada! Um muuuuuito! Aquele(s) bebê(s) que a gente pariu, ou não, amamentou, ou não, trocou fraldas, deu banho, passou amido de milho, pois é melhor do que talco, passou lição, deu muito cheiro e beijo, trocou quantas roupinhas quantas vezes fossem necessárias, ora por fralda que vazou, ora por vomito, ora suor, cuidando e nos dedicando noite e dia, se transformariam em criancinhas com vontades próprias! Sim, o(s) filho(s) tem suas vontades e muitas vezes, não aceitam um simples não como resposta! Eles querem saber o por quê do por quê do porque, ora bolas… E eu que sempre acreditei que uma boa conversa resolveria qualquer problema, cuspi pra cima e caiu bem no meio da minha testa, só eu sei quantas vezes eu conversei e ele(s) simplesmente não me escutou. Me abaixei na altura dele, olhei nos olhos, falei pausadamente, pedi uma, duas, três vezes e nada… Alguns dirão que é mau educado, outros dirão que é mau aprendido, eu sei que ele é “apenas” uma criança e por vezes faz um “show” porque precisa de mim, quer minha atenção, ainda que seja negativa, ainda que saiba que vou reprovar tal atitude, ao menos assim, será só eu e ele, olho no olho, explicando uma vez, ou quantas forem necessárias o por quê do por quê do por que…
Eu sei, dizem que a nossa geração está criando um bando de crianças que não sabem lidar com frustrações, mas eu acho que estamos criando um bando de crianças carentes de atenção e de amor, que são obrigadas a se contentarem com presentes, pois os cuidadores estão ocupados demais em ter sempre mais, esquecendo de serem mais presentes!