Tire a chupeta da boca!!
Atualmente, muitas crianças estão desenvolvendo a fala mais tardiamente. Não podemos deixar de desconsiderar que estamos vivendo na era digital e que os eletrônicos fazem parte da nossa rotina. No entanto, não podemos nos deixar ser levados por eles e esquecer de interagir com o mundo que está a nossa volta…. principalmente se temos crianças ao nosso redor. Os eletrônicos, aliados a falta de tempo e a chupeta na boca são fatores importantes que podem estar impedindo as crianças de desenvolver todo seu potencial de linguagem. Portanto, diminua o tempo da criança nos eletrônicos e TIRE A CHUPETA DA BOCA.

Imagem daqui
Tenha tempo para se dedicar ao ENSINO DA LINGUAGEM a sua criança. Na faixa etária de 1 a 2 anos de idade, é esperado que:
1) Fale cinco palavras diferentes (pode usar a mesma palavra para se referir a diferentes objetos);
2) Pede “mais” (quando deseja continuar a receber uma bebida, por exemplo);
3) Diz “acabou” (ou “cabô”);
4) Obedece a três ordens diferentes, que não são acompanhadas de gestos indicativos;
5) Consegue “dar” ou “mostrar”, quando solicitado;
6) Aponta para 12 objetos conhecidos quando nomeados;
7) Aponta para três a cinco figuras de um livro quando nomeadas;
8) Aponta para três partes de seu corpo;
9) Diz seu nome ou apelido, quando solicitado;
10) Responde à pergunta “O que é isto?” com o nome do objeto;
11) Combina palavras e gestos para indicar seus desejos;
12) Nomeia cinco outros membros da família incluindo animais domésticos;
13) Nomeia quatro brinquedos;
14) Produz sons de animais ou usa os sons para nomear animais (au-au, miau);
15) Pede alimentos conhecidos pelo nome, quando mostrados (leite, bolacha);
16) Faz perguntas variando a entonação da voz;
17) Nomeia três partes do corpo em uma boneca ou outra pessoa;
18) Responde a perguntas do tipo sim/não com respostas afirmativas ou negativas.
É importante ressaltar que são apontados comportamentos “esperados”, de acordo com literatura da área de desenvolvimento e que diferenças individuais podem ser detectadas. Não se tem o objetivo de “normatizar” as atitudes da criança, mas sim, sinalizar O QUE ELA JÁ É CAPAZ DE APRENDER. Assim, ao observar seu filho e verificar que ele não apresenta algum aspecto apontado, NÃO SE DESESPERE!! Utilize essas informações para ensinar e treinar novas habilidades!! E, na dúvida, procure um especialista!
Até o próximo post, mamães!
Ana Paranzini é Psicóloga (CRP 08/09142), com Mestrado em Psicologia Clínica (PUCCAMP) e especialista em Orientação de Pais. Idealizadora do Programa on line ADEUS BIRRAS e do Programa on line de ORIENTAÇÃO DE PAIS – Quando eu mudo… meu filho se transforma, que já ajudou e está ajudando muitas famílias a educarem seus filhos de maneira efetiva e prazerosa.
Fonte: O Inventário Portage Operacionalizado: Intervenção com Famílias. Lúcia C. A. Williams e Ana Lúcia R. Aiello. Editora Memnon, 2001.